gosto de
encontrar em cada dia uma razão para ser feliz. todos os dias. sempre dentro de
mim. sempre no lugar mais profundo e mais sagrado de mim. sempre na força e na
positividade do meu poder interior. sempre no ponto cardeal onde tudo
começa e onde tudo termina: o amor. sempre no equilíbrio entre o meu lado
sombra – que abraço e não nego (ou renego) – e o meu lado luz, que cuido,
protejo e depois partilho. gosto de gostar. gosto de gostar de mim. gosto de
gostar dos outros e faço-o muito bem porque gosto primeiro de mim. e gosto
desta simplicidade que vou conquistando com foco, com ternura, com longos
abraços a mim mesma e às minhas imperfeições. gosto ( muito ) das coisas
simples, das pessoas simples, de tudo o que é de verdade, natural, cru,
genuíno, da terra, sem filtros, sem edição. gosto de dizer o que sinto sem ter
de falar, numa linguagem que só os de amor entendem, num silêncio que une os
que vivem na mesma sintonia, numa forma de estar que é, cada vez mais, a minha
forma de ser. gosto mais de gestos do que de palavras ( as que são tão fáceis
de dar e tão fáceis de (re)tirar ). gosto deste sentido apaixonado com que vivo
a vida. e eu sempre gostei dela, da vida. e eu sempre fui apaixonada por ela, a
minha vida. mas a idade, as coisas e as pessoas, deram-me esta consciência mais
profunda e séria do valor que tem o namoro doce, lento e sem urgências que
quero ter com a vida, com os dias que a vida me traz. repito todos os dias o
quanto gosto de gostar. sem ses nem mas. apenas e só com tudo o que é, com tudo
o que sou.