quarta-feira, 6 de maio de 2020

coisas bonitas que li *



«Há os que carregam o peso do mundo nas costas. Há os que se abstêm de carregar pesos, tatuam wanderlust e giram leves pelo mundo. Há os que têm o mundo em suas mãos. Há os que se deixam levar pelos pesares do mundo e choram escondidos. Há os que fazem do seu mundo um recanto onde tudo flutua.
Há os que esperam, há os que vão. Há os que veem, há os que somem. Há os que fogem para fora e os que fogem para dentro. Há os que respiram; há os que não sabem fazer pausas.  Há os que desistem. Os que resistem. Os que insistem. Os que persistem. Os que existem. Há, filha, dentre nós, todos. E há muitos, incontáveis. Uns mais próximos, outros distantes.
Mas aqui escrevo para falar dos que estão dentro de nós. Nos habitam de forma definitiva – pela mistura do nosso dna, da nossa construção existencial, espiritual, emocional. Esse que está em nós, por vezes, é mais de um. Quando isso acontece, filha, é o mundo lá fora, sem peso algum, flutuando em torno de nós – e nos dando um recado precioso. De que a vida se reinventa em vida. De que a gente pode, deve, precisa acreditar que, algumas vezes, o Universo que nos rege está dentro de nós. Quando isso acontece, a mágica está feita.» pedrinho fonseca