foi uma das semanas mais exigentes do ano. provavelmente porque o critério da escolha dos nossos caminhos nunca foi o da facilidade. provavelmente porque a gestão das expectativas (nossas, acima de tudo, as nossas) é um processo exigente, às vezes doloroso, mas absolutamente essencial para quem tem no equilíbrio um elemento de vida fundamental. há os que lhe chamam de egoísmo, de profundo foco no que vai cá dentro e algum alheamento no que se passa lá fora. é. pode ser. mas é também um exercício de fé. um exercício de bem-me-quero. um exercício que traz agarrado à pele uma das mais importantes perguntas da Vida: é possível dar a alguém aquilo que não se tem?
*[respiro fundo]
do lado de cá bate um coração que aprendeu a calar antes de falar. um coração que aprendeu a compreender antes de se defender. um coração que prefere ousar acreditar em vez de duvidar. um coração que sabe que o silêncio e o foco no essencial são uma espécie de kit de sobrevivência para qualquer emergência da Vida.
não tenho a ilusão de poder ser feliz todos os dias, a todas as horas. mas tenho a vontade, o crer e a força para lutar sempre e muito por tornar os meus dias mais solarengos, mais luminosos, mais leves, cheios só do que me faz bem. mesmo que isso implique não agradar a todos.
a vida segue em frente. sempre.