segunda-feira, 22 de julho de 2019

também é amor. próprio. *

temos muita tendência para esquecer das regras mais básicas sobre isto de ser feliz. uma das maiores é que quase tudo (eu acho que é mesmo tudo) o que nos faz crescer por dentro está à distância de uma vontade só: a nossa. e, melhor parte de todas, é grátis. pouco me importa (na verdade importa-me zero) que lhe chamem de clichê, de frase feita, de lugar comum, de pouco original e nada criativo. não precisamos de andar a rebuscar palavras e a construir grandes narrativas para percebermos, mesmo, a ciência simples que está na base da felicidade. um bocado de sol, uma praia por perto, areia nos pés, água do mar, miúdos livres, pensamentos alinhados com a força das ondas, pessoas no mesmo comprimento de onda, o sorriso de um desconhecido, um gesto de bondade, poder ir e voltar sem hora marcada, fazer desvios no caminho, tropeçar na serendipidade da vida, acolher o que é de acolher, largar o menos, voltar de pulmões cheios, pisar chão firme, ter quem nos abrace e nunca, por nada, deixar de acreditar que o que nos faz bem, faz sempre sentido.