no início de tudo tive muitas dúvidas. sobre mim, sobre o meu contributo, sobre o meu propósito, sobre se valeria a pena. tinha todas as preocupações do mundo em cima dos meus ombros, todas as opiniões dos outros coladas à pele. vivia numa vibração constante de medo. e foi difícil perceber o como, o quando, o para quê (em vez do porquê). foi um caminho duro, cheio de subidas, de escadas sem corrimão, de mil e um trapézios sem rede.
hoje ainda tenho dúvidas, e medos, e dias povoados de preocupações. hoje ainda tenho um milhão de perguntas sem resposta. mas aprendi a dizer mim mesma: ainda bem! já não respiro na vibração do medo. aprendi a mudar-me para a vibração do amor. e como isso mudou tudo! faço com amor, dou com amor, recebo com amor, agradeço com amor. sinto-me forte, segura, confiante, em moderado controlo da minha vida. e naqueles dias em que a ansiedade ronda as minhas boas intenções, volto a repetir a mim mesma: estás a viver a tua verdade. estás a criar algo tangível. estás a acreditar em ti mesma. está tudo certo.
hoje sei que é muito fácil esquecer o que já alcançámos na vida: projectos, relações bem sucedidas, competências, caminho e mundo. e sei, também, que quando as coisas boas fazem parte da nossa rotina falhamos em reconhecê-las. o meu ‘’truque’’ é manter esta disponibilidade interior para estar mais consciente em relação a mim mesma. é criar e recriar esse lugar-cardeal, essa bússola orientadora, esse ponto de reencontro. a partir desse lugar sei que estou mais aberta ao mundo, mais permeável ao que me faz bem, mais serena na aceitação do que preciso versus o que quero, e mais tolerante em relação à teoria da felicidade que cada um inventa e constrói para si.