reservo
tempo para desconectar do mundo e conectar-me comigo mesma. faço coisas que
gosto e que me trazem paz, mesmo que isso implique dizer que não a outras
pessoas e a outros desafios. foco a minha atenção e a minha energia em coisas
simples como ler um livro, descobrir músicas novas, andar descalça, inventar
novas receitas de pão (e amassar pão, uma das melhores formas de trabalhar a
minha relação comigo mesma), fazer listas de planos para ser (mais feliz),
escolher uma alimentação à base de plantas – como uma salada maravilhosa de
batata doce, pimentos, tomate, cebola roxa e polvo, temperada com um bom azeite
e aromatizada com orégãos frescos – ir fazendo pequenas mudanças no meu mundo e
no bocadinho do mundo que me rodeia, ouvir a voz do meu filho, sentir os
abraços únicos do meu Pedro, dar graças por este vento bom que me empurra para
a frente, mesmo que antes, esse mesmo vento, tenha chegado para me fazer parar,
respirar fundo, recuperar fôlego e – só depois - avançar.