Sinto o coração a bater feliz e nervoso como se fosse sempre a primeira vez. Páro para me concentrar na minha respiração, para tê-la como âncora e ponto de concentração, essencial para alinhar ideias e seguir em frente, superando o medo que partilho em jeito de confissão no início de cada workshop. Partimos todos do mesmo ponto: a busca de uma mudança com significado. Não importa tanto de onde viemos ou para onde vamos. Importa mais o ‘’porque estamos’’. Hoje, agora, aqui. Não há um único grupo igual ou parecido. E isso, muda tudo. Mantém-se o guião, mudam-se as dinâmicas. Mantém-se o propósito que nos juntou, mudam-se as voltas que preciso de dar para chegar onde me esperam. Quem vem, quem arrisca, quem volta, quem abre o coração, é quem se atreve a ser (mais) feliz. É quem quer ir além do que ‘’é suposto’’, é quem acredita que merece mais da vida e de si mesmo. Sinto muito orgulho, muito respeito, uma enorme admiração.
Se este workshop fosse um movimento podia chamar-se ‘’trata-te bem’’. Se fosse um mote podia ser ‘’recomeço e (sei que) começo por mim’’.
«Cada pessoa carrega consigo a sua própria história de esperança e tristeza, de vitórias e derrotas, de redenção, alegria e luz. Todos nós temos a nossa quota-parte de lições de vida. Se aprendemos com elas ou não, isso é uma decisão de cada um.»