«No que me é
dado a escolher, só recuso viver aquilo que sei que vai magoar-me na certa.
Dantes, não me importava muito. Agora sim. O tempo e a vida vão-nos ensinando
umas quantas coisas e fazem com que percebamos que não vale tudo e que o
coração é um órgão muito importante, que não é só veias e artérias e cenas. O
medo, a perda de ingenuidade, a recusa, nem sempre têm um efeito paralisante.
Podem ser sinal de preservação, podem ser uma afirmação de que, lá está: não
vale tudo.»