quinta-feira, 23 de agosto de 2018

do verbo escrever*


escrevo. sobre a urgência da vida e o paradoxo de viver devagar. sobre isto do tempo passar e de, inevitavelmente, algumas coisas deixarem de ter importância e espaço na nossa vida. sobre a lista de coisas que me trazem a certeza de que o mundo não acaba por razões pequenas, por pessoas e situações que nunca foram parte de nós, e por tudo aquilo que não era para ser. 
escrevo. sobre aquilo que nos muda ( e muda tudo à nossa volta ). sobre a forma de lidar com os nãos que a vida impõe e sobre o aceitar o curso natural de tudo. sobre o tempo que segue indiferente aos planos que fazemos, que tem um compasso alinhado com uma ordem ( simples ) que não se explica.
escrevo. sobre ser agradecida antes de tudo. sobre ser alegre antes de tudo. sobre querer sempre bem. sobre seguir sempre este mapa que me aponta na direcção de relativizar os ses todos que tenho, de olhar para cima e agradecer a fé, de saber dar longos abraços a mim mesma, de gostar muito de mim, de acreditar sempre. 
escrevo. sobre amor. amor, amor, amor. o que trago dentro. o que me dão. o que me move. o que  - de verdade – mais importa nesta vida.