escrevo. sobre a urgência da
vida e o paradoxo de viver devagar. sobre isto do tempo passar e de,
inevitavelmente, algumas coisas deixarem de ter importância e espaço na nossa
vida. sobre a lista de coisas que me trazem a certeza de que o mundo não acaba
por razões pequenas, por pessoas e situações que nunca foram parte de nós, e
por tudo aquilo que não era para ser.
escrevo. sobre aquilo que nos muda ( e muda tudo à nossa volta ). sobre a forma
de lidar com os nãos que a vida impõe e sobre o aceitar o curso natural de
tudo. sobre o tempo que segue indiferente aos planos que fazemos, que tem um
compasso alinhado com uma ordem ( simples ) que não se explica.
escrevo. sobre ser agradecida antes
de tudo. sobre ser alegre antes de tudo. sobre querer sempre bem. sobre seguir
sempre este mapa que me aponta na direcção de relativizar os ses todos que
tenho, de olhar para cima e agradecer a fé, de saber dar longos abraços a
mim mesma, de gostar muito de mim, de acreditar sempre.
escrevo. sobre amor. amor, amor, amor. o que trago
dentro. o que me dão. o que me move. o que - de verdade – mais importa nesta vida.