terça-feira, 3 de julho de 2018

coisas bonitas que li*

«Para encontrarmos o amor dentro de nós - o amor mesmo, não o que a sociedade diz que é o amor, aquele cheio de apego e de serventia para nós mesmos - é preciso estar-se muito quietinho, sentir a angústia que pode surgir quando estamos muito quietinhos, sem fazer nada, é deixarmo-nos sentir tudo o que surge sem o negar, sem querer sentir de outra maneira, ou ser de outra maneira, é esperar, é sentir o medo com que se fica quando se está quieto, aquele medo de não estarmos em controlo, de estarmos a perder alguma coisa, de não estarmos a assegurar a nossa sobrevivência, o medo de sermos apanhados ou ultrapassados ou ignorados, é passar por isso tudo, sem nenhuma garantia, só porque se acredita.» 

| marta gautier |