chega uma hora em que o peito fica mais leve e os dias mais
felizes. é assim quando os meus Alpes chegam a Portugal. há festa no meu
coração e por todo o lado onde eles estão. a casa fica cheia, a alegria é o
mantra para todos os dias, zero pressa para nada e eu tão feliz e tão agradecida à vida por
estes dias que valem pelo ano inteiro em que as saudades não tiram férias.
nos próximos dias há muita confusão à mesa, há muita agitação, há
uma logística que se conjuga com muita
paciência, o rebuliço (que adoro) de sermos muitos todos os dias, o espírito
zen possível de conseguir conciliar os gostos de todos, os jantares nos lugares
preferidos de todos, as saídas para cantar e dançar, os primos pequeninos cada
vez mais amigos e eu, cheia desta luz que me preenche tanto, não trocava estes
dias deles-colados-a-mim-e-eu-colada-a-eles por nada deste mundo.
sou profundamente agradecida à vida pela família que tenho. por
tudo o que me dão, pela força maior que sinto quando estão comigo, pelo lastro
de alegria que deixam em todos os lugares por onde passam, pelo orgulho
desmedido que sinto por estas minhas pessoas-de-bom-coração.
são gente boa. gente muito, muito boa. e são muito doidos, como
todas as pessoas boas. são pessoas do outro mundo. e, por sorte, também fazem
parte do meu.
[obrigada, vida.]