segunda-feira, 11 de junho de 2018

(re)ler para nunca (me) esquecer*

nos últimos quatro cinco anos conjuguei vezes sem conta o verbo descomplicar. usei-o na positiva e repeti-o a mim mesma em cada novo acordar: a c r e d i t a. dei por mim a reaprender todos os pontos cardeais: o caminho mais fácil seria stressar, o caminho mais fácil seria complicar, o caminho mais fácil seria duvidar, o caminho mais fácil seria não acreditar que algum dia chegaria ao meu (tão) sonhado lugar.
nos últimos quatro cinco anos parei muitas vezes para respirar. para me abraçar e para me acalmar. para me concentrar na luz que vem de dentro, e para (re)aprender a aceitar que faz parte ter de enfrentar algumas marés de azar. o mundo continuou, a vida não parou. pequenas coisas vieram, outras maiores se foram. tempos doridos passaram, tempos de sol voltaram. 
hoje, quatro cinco anos e tantas montanhas depois, agradeço à vida, e à minha fé, a certeza do lugar que veio para ficar.