habituei-me a construir e a reconstruir o meu
caminho com as minhas duas mãos. cresci (por dentro) a decidir tudo sozinha.
sei quem são os que me dão asas e raízes. sei quem junta as mãos e faz da sua
força a minha força. mas as decisões, as escolhas, a sorte e os outros dias, os
sims e os nãos são todos meus. assim como a única intuição que sigo: a
minha.
acredito, pelo que aprendi, que viver é largar
e seguir em frente. dou todos os passos a confiar na única bússola que me
conhece pelo lado de dentro. às vezes (tantas vezes) erro o caminho. às vezes
(tantas vezes) dou dezenas de passos atrás. às vezes (quase todas as
vezes) agradeço o desvio, agradeço o travão, agradeço a queda, agradeço o
chão.
não adio nada do que [acredito que] pode mudar
a minha vida para sempre. e mesmo não sabendo o que vem pela frente, confio que
só pode ser bom. afinal, a minha geometria é simples:
dou o melhor de mim à vida, mereço receber o
melhor que a vida tem para mim.