sábado, 28 de abril de 2018

(re)ler para nunca esquecer*


habituei-me a construir e a reconstruir o meu caminho com as minhas duas mãos. cresci (por dentro) a decidir tudo sozinha. sei quem são os que me dão asas e raízes. sei quem junta as mãos e faz da sua força a minha força. mas as decisões, as escolhas, a sorte e os outros dias, os sims e os nãos são todos meus. assim como a única intuição que sigo: a minha. 
acredito, pelo que aprendi, que viver é largar e seguir em frente. dou todos os passos a confiar na única bússola que me conhece pelo lado de dentro. às vezes (tantas vezes) erro o caminho. às vezes (tantas vezes) dou dezenas de passos atrás. às vezes (quase todas as vezes) agradeço o desvio, agradeço o travão, agradeço a queda, agradeço o chão. 
não adio nada do que [acredito que] pode mudar a minha vida para sempre. e mesmo não sabendo o que vem pela frente, confio que só pode ser bom. afinal, a minha geometria é simples:
dou o melhor de mim à vida, mereço receber o melhor que a vida tem para mim.