ou dava um passo
em frente ou era empurrada para trás. ou desistia do que já não era nada, ou
insistia na cegueira daquele que vê mas não quer ver. ou seguia em frente com
toda a leveza no coração, ou continuava parada no mesmo lugar a ver a vida passar.
abril teve tanto
de bom quanto de amargo. teve tantos dias de sol e tantos (avassaladores) tsunamis. teve
tanto de certezas absolutas que foram amparo, quanto de dúvidas que nos tiraram o chão. e teve tanto de voltar a acreditar [porque eu nunca desisto do meu verbo-âncora] que às
vezes é mesmo preciso que nos abram na pele pequenas feridas para que, a partir daí, a
luz possa entrar.
foste agridoce, querido abril. mas ainda assim, e sempre, agradeço-te por tudo o que me trouxeste, tudo
o que me tiraste e por tudo o que - apesar da dor - me ensinaste.