sábado, 31 de março de 2018

lista para o fim-de-semana*


«É costume pensarmos muito (ou demasiado) no que falta acrescentar às nossas vidas. Mas o exercício ao contrário é tão ou mais importante. Pensar nas coisas de que podemos abdicar e estar bem ainda assim. Ir tirando, deixando ir com a corrente. Perceber a essência que está em nós, o essencial do que precisamos. E, com isso, a matéria real que nos compõe. 
Nesse exercício ao contrário, vou percebendo ao certo quais as coisas que posso entregar e continuar. E quais as coisas que (me) bastam. E assim, isoladas todas as coisas óbvias que não são coisas, a conclusão foi esta. Livros. Música. E aquela minha energia luminosa para fazer comida. Num exercício mais à frente e, se fosse preciso retirar ainda mais alguma coisa, que permanecessem os livros. Mesmo que tivesse de entregar tudo e que mais nada me restasse, o mundo seria, sempre e ainda assim, uma biblioteca infinita.»
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