quinta-feira, 8 de março de 2018

nem super-poderes, nem super-mulheres*


tenho à minha volta duas mãos cheias de mulheres que me inspiram todos os dias. celebro-as e agradeço-as pela energia positiva que me trazem sempre - mesmo nos dias em que se acham as piores pessoas do mundo. [quem não tem dias assim?] para mim elas são sempre as mais inspiradoras. porque são pessoas feitas de coragem que também têm medos, porque são pessoas feitas de força que também caem, porque são pessoas feitas de amor que também têm um lado sombra, porque são pessoas reais que não escondem, não omitem, não mascaram as suas fragilidades, os seus dias de neura, os gritos que dão, as pessoas de quem não gostam, os medos que sentem, as certezas que não têm, os cansaços que já não aguentam mais, as dores que teimam em colar-se à pele, o desapego que custa tanto praticar. é com estas pessoas cheias de imperfeições, e tão reais, que o meu mundo gira e avança para o lado certo. porque neste círculo de mulheres que não-estão-felizes-todos-os-dias, não há nada que comece por super-isto ou super-aquilo. do lado de cá não há super-poderes, nem super-mulheres. e todos os dias agradeço (e agradeço-lhes) por aprendermos esta lição juntas. não só em cada 8 de março. mas todos, todos os dias.