«Quando as coisas começam, nunca sabemos o quanto significarão.
Podemos partir com tudo ou com (quase) nada. Mas não sabemos. Antes de este
Inverno começar, não tinha ideia de como seria fundador. Não sabia que tanto
encontraria o seu lugar. De todas as estações frias, esta. Despedir-me de
coisas que foram e que deixaram de ser. E isso ser pacífico, por ser o que tem
de ser e por ter deixado de estar nas minhas mãos. Ver o início de outras. Com
todo o medo e respirar fundo que isso sempre implica. Mas mais importante do
que terminar e do que começar ou recomeçar, a ideia (linda) de continuar. Creio
que nos centramos sempre nos dois opostos. Queremos ou não queremos chegar ao
fim de coisas. Queremos ou não queremos começar coisas. Esquecemos muito o que
continua. O que segue caminho em nós e no mundo. O que persevera. O que espera
pelo melhor. O que resiste.»
| in, coisas d'amar |