sábado, 17 de fevereiro de 2018

tão isto, que podia ser sobre mim*


«Quando as coisas começam, nunca sabemos o quanto significarão. Podemos partir com tudo ou com (quase) nada. Mas não sabemos. Antes de este Inverno começar, não tinha ideia de como seria fundador. Não sabia que tanto encontraria o seu lugar. De todas as estações frias, esta. Despedir-me de coisas que foram e que deixaram de ser. E isso ser pacífico, por ser o que tem de ser e por ter deixado de estar nas minhas mãos. Ver o início de outras. Com todo o medo e respirar fundo que isso sempre implica. Mas mais importante do que terminar e do que começar ou recomeçar, a ideia (linda) de continuar. Creio que nos centramos sempre nos dois opostos. Queremos ou não queremos chegar ao fim de coisas. Queremos ou não queremos começar coisas. Esquecemos muito o que continua. O que segue caminho em nós e no mundo. O que persevera. O que espera pelo melhor. O que resiste.»

| in, coisas d'amar |