#1. quando não conseguimos mudar o que
nos rodeia resta-nos mudar-nos a nós. não deixar que o ruído do mundo atraiçoe
a nossa razão positiva, não deixar que a dúvida se instale, insidiosa, capaz de
minar toda a esperança e energia. regresso sempre a uma frase de Yann Martel quando
o mundo se revela um lugar (mais) estranho:
«o princípio
básico da existência é aquilo que chamamos amor, que se revela não claramente,
não puramente, não imediatamente, mas sempre, inelutavelmente."
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#2. acabamos sempre por entender que nem
todos vão aceitar (e respeitar) tudo aquilo que somos, tudo aquilo que dizemos, e, acima
de tudo, tudo aquilo que calamos. acabamos sempre por entender (e, muitas vezes, só mais tarde aceitar) que nem todas as pessoas irão gostar de nós. e isso fica tão mais
fácil de entender quando chegamos a saber (e a lamentar) que essas mesmas pessoas não gostem nem delas próprias.
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#3. encher a página, pôr de parte; começar de novo;
voltar à pagina anterior; riscar tudo e voltar ao início. rodear-me de
inspiração. encontrar a música certa para acompanhar o pensamento. obrigar-me a
parar de ler, superando inseguranças. sentar-me novamente, aceitando que tudo o
que escrever é apenas uma aproximação (nem certa, nem errada, mas minha) a um tema que encerra todas as
possibilidades. vem aí fevereiro…