«As coisas
tal como são. Tal como estão. As coisas que nós pedimos por tudo para que não
mudem nada. Para que se mantenham, passem os dias e os meses todos que se
transformam em anos. São as nossas coisas. Aqueles rituais que são muito de
cada um de nós e que nos fazem bem só de pensarmos neles. A maneira como
gostamos/precisamos de acordar. O silêncio e/ou a música. Café ou chá ou nem
uma coisa nem outra. As pessoas e os lugares que precisamos de ver, para
sabermos melhor onde estamos. Os nossos ritmos. Os objectos que nos dizem ou
que nos ocultam, consoante a vontade e a circunstância. Cada sim. Cada
não.
E então, um
ano novo. E então, aquelas coisas que não são para mudar. Nem que saísse um
decreto ou assim. Interiormente, peço ao ano novo para não me tirar as minhas
alegrias pequenas.»