nem todos temos a sorte de ter uma
família. nem todos temos a sorte de poder dizer que temos uma boa família. e não
falo desse mito que alguém inventou de famílias perfeitas, não acredito nelas. falo
de famílias reais, famílias onde há amor e abraços, mas também há chatices, discussões, egos e
dias virados do avesso. nem todos temos essa sorte grande de ter uma boa
família e nem todos, quando a temos, sabemos valorizá-la e agradecê-la.
estas duas semanas de família a
tempo inteiro, de 17 pessoas juntas todos os dias, de uma logística com muita
ginástica (e doses enormes de paciência) para fazer coisas que todos gostam, de
refeições pensadas e feitas por todos, de jogos de tabuleiro e muito musical.ly,
de uma viagem de 8 horas num autocarro cheio de gente que se juntou para apoiar
um sonho, de muito pouca rede e redes, de uma viagem a Milão e de uma aventura dentro de um enorme nevão,
dos dias de ski e snowboard para quem ama verdadeiramente os desportos de neve,
dos dias do Natal muito mais focados no que somos do que no que pomos debaixo
da árvore, dos dias na minha aldeia favorita, da passagem de ano épica dentro da bonita cidade de Genebra, de
dormir (e não dormir) pela primeira vez num hostel com 15 pessoas dentro do
mesmo quarto, de rir até doer a barriga, de os agradecer um por um, por tudo o
que são, tudo o que me dão e o tanto que gostam de mim, faz-me regressar a
casa de coração cheio de amor e desta alegria invencível que me mantém sempre,
aconteça o que acontecer, à tona da vida: somos as pessoas que nos rodeiam. e eu,
de certeza absoluta, que sou amor.