quinta-feira, 2 de novembro de 2017

a lei do aconteça o que acontecer*

aprendi a gostar (mais) do silêncio que protege. a procurá-lo e a preferi-lo. a sentir paz no conforto das certezas que guardo para mim, para nós. a falar depois, a agradecer antes. | deixei-me conquistar, de novo, pela leveza que há muito sentia afastada de mim, pelo verbo acreditar que nada nem ninguém consegue beliscar, pela luz bonita das pessoas que me rodeiam, as minhas, as fundamentais. | ganho força na ternura dos alicerces da minha vida inteira, e somo a confiança e a esperança que tenho sempre na vida. | faço este caminho de regresso ao que me prometi. sei que neste trapézio que balanço, tantas vezes sem rede, ainda tenho muitas vertigens para sentir, muitos medos para transformar em coragem, muitas dúvidas para afastar com a força do coração e muito mar nos olhos que deixarei nas mãos do sol. | ofereci a mim mesma o bónus da minha vida, perseguir a minha paixão. e sigo a acreditar no que a vida me ensinou:
pede o que queres – mesmo correndo o risco de o conseguires.

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