aprendi a gostar (mais) do silêncio que protege. a procurá-lo e a
preferi-lo. a sentir paz no conforto das certezas que guardo para mim, para
nós. a falar depois, a agradecer antes. | deixei-me conquistar, de novo,
pela leveza que há muito sentia afastada de mim, pelo verbo acreditar que nada
nem ninguém consegue beliscar, pela luz bonita das pessoas que me rodeiam, as
minhas, as fundamentais. | ganho força na ternura dos
alicerces da minha vida inteira, e somo a confiança e a esperança que tenho
sempre na vida. | faço este caminho de regresso ao que me prometi. sei que
neste trapézio que balanço, tantas vezes sem rede, ainda tenho muitas vertigens
para sentir, muitos medos para transformar em coragem, muitas dúvidas para
afastar com a força do coração e muito mar nos olhos que deixarei nas mãos do
sol. | ofereci a mim mesma o bónus da minha vida, perseguir a minha paixão. e sigo
a acreditar no que a vida me ensinou:
pede o que queres – mesmo correndo o risco de o conseguires.
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