terça-feira, 8 de agosto de 2017

sobre [muito] amor*

hoje sei que fiz tudo ao contrário do que me diziam ser certo: dei-te milhões de horas de colo (ainda dou), dormias comigo sempre que achei que devias (às vezes ainda dormes), abracei-te sempre que choravas (ainda abraço, sempre mais e com mais força), curei todas as dores, todas as birras, todos os nãos com doses reforçadas de mimo e muito silêncio (ainda curo, vou curar sempre), quis educar-te para a alegria, para a tolerância, para o amor, para a doçura e para a ternura, para o amor-próprio e para a escolha de te aceitares como és. quis educar-te e preparar-te para seres uma pessoa bonita, de bom coração.
são quase 7 anos de vida e és uma boa cabeça num bom coração. és decidido e tão bem resolvido. és alegre, solar, e enches – sem esforço - os nossos dias de música e de ar fresco. 

hoje sei que fiz tudo ao contrário do que me diziam ser certo. e sei, também, que não há nada na vida que me faça mais feliz [e orgulhosa] do que este amor-sem-fim que temos um pelo outro.