acordei mais cedo do
que devia. com o corpo a pedir ‘’fica’’ e a cabeça a pedir ‘’vai’’. com o coração
cheio de palavras bonitas para o meu novo livro. com a alma alinhada com as
letras que quis escrever: sobre a urgência da vida e o paradoxo de viver
devagar; sobre isto do tempo passar e de, inevitavelmente, algumas coisas deixarem
de ter importância e espaço na nossa vida; sobre a lista de coisas que me
trazem a certeza de que o mundo não acaba por razões pequenas, por pessoas e
situações que nunca foram parte de nós, e por tudo aquilo que não era para ser.
hoje quis escrever sobre aquilo que nos muda (e muda tudo à nossa volta): a forma de lidar com os nãos que a vida impõe. o aceitar o ritmo próprio da vida, que segue indiferente aos planos que fazemos, que tem um compasso alinhado com uma ordem (natural) que não se explica.
hoje quis escrever sobre aquilo que nos muda (e muda tudo à nossa volta): a forma de lidar com os nãos que a vida impõe. o aceitar o ritmo próprio da vida, que segue indiferente aos planos que fazemos, que tem um compasso alinhado com uma ordem (natural) que não se explica.
terminei mais um
capítulo. agradecida por este despertar antes de tudo. aliviada por este limpar da cabeça, este respirar bem fundo,
este mapa que sigo e que me aponta na direcção de relativizar ses, de olhar para
cima, de dar um longo abraço a mim mesma, de só depois começar o dia, e de
acreditar sempre.