# do que agradeci
perde-se tempo quando não se definem prioridades. e descansar para recuperar fôlego é uma prioridade como outra qualquer. dar importância ao que o nosso
corpo nos pede (e precisa) também.
mas – tantas vezes - teimamos nas estradas que achamos que temos de fazer
até ao fim. e é então que reequacionamos urgências e importâncias. e é então
que, finalmente, arrumamos noutros lugares tudo o que pode esperar. e é então que temos a sorte de nos acontecer uma espécie de epifania: chegamos a um
ponto da vida em que já não temos pressa de provar nada a ninguém.
# do que aprendi
na vida é preciso realçar muito mais o que nos alegra e muito menos o que
nos dói. é preciso aprender a distinguir o caminho que mais queremos [nem
sempre o melhor] daquele que mais precisamos. é preciso aprender a resistir aos
golpes todos da vida e ganhar o nosso próprio respeito. é preciso ver (e
reparar) que o reconhecimento mais importante que há na vida não tem nada que ver
com aplausos (ou likes). o reconhecimento mais importante da vida é o elogio
sentido, sincero, honesto que fazemos a nós mesmos. pelas lutas que lutámos, pelas
dores que sarámos, pelas pessoas que ganhámos
e, acima de tudo, pela paz que fazemos perdurar no lugar mais sagrado que
temos: o nosso mundo interior.
# do que redefini
pedir alto e em bom som aquilo que queremos. confiar que o mundo
espera por nós, por um pequeno primeiro passo nosso.
errar. errar de novo. errar melhor.* [samuel beckett]
protegermo-nos demasiado dos riscos, dos saltos de fé, dos obstáculos, das
subidas íngremes, das curvas, dos dias de chuva, de tudo o que nos dá medo e
nos mantém parados no mesmo lugar [quando aquilo que mais queríamos era mudar],
faz-nos estar seguros, na nossa bolha, no nosso porto. mas também nos faz
deixar para trás dias de vida, s preciosos, oportunidades únicas, pessoas que
querem chegar, e ficar.
» créditos imagem | maria [da minha vida] midões