falava (falo) de mim para mim. inspirava-me (inspiro-me) com a minha coragem e o meu salto de fé. abraçava-me
(abraço-me) a cada superação. dizia vai
miúda! em cada novo degrau que a vida me fazia subir. dava-me colo em cada
queda que me fazia partir. e repetia como um mantra: todos caímos, nunca tenhas
vergonha de tentar e falhar.
tive
sempre boas pessoas à minha volta. boas energias. gente do bem que acredita em mim. soube soltar a mão de quem-não e de quem-nunca. cuidei de mim e do
meu coração. fui boa para mim quando escolhi ouvir (muito mais) a minha
intuição.
hoje,
três anos depois, quase quatro, agradeço-me. digo e repito a mim mesma: obrigada
por tudo!
sim,
ainda há (e vai haver sempre) dias em que a ansiedade das contas para pagar, do
tempo que me falta para tudo o que me proponho fazer, da pressão dos outros, da
minha pressão, dos sacrifícios, da força que acho que tenho que ter sempre, dos
nãos que oiço tantas vezes, dos dedos apontados que alguns tentam disfarçar, dias em que essa ansiedade e a dúvida querem fazer morada no meu peito. mas nesses
dias-assim-assim, lembro a mim mesma o que me prometi naquele primeiro dia do
resto da minha vida: coisas boas acontecem a quem não perde a fé.
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#recomeça
17 de junho | 19h | lisboa
informações: palestra.as9@gmail.com
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