um dia vais acordar e perceber que não tens
que saber o que queres ser aos 18. vais perceber que o mundo não acaba porque
aos 30 não tens uma família ‘’construída’’, uma casa, um carro e um cão. vais perceber
que essa ‘’coisa’’ do emprego para a vida é do-antigamente e que fazer o que
realmente te faz feliz (mesmo que ganhes muito menos) é mais importante do que ser
profundamente infeliz num contrato e num horário 9h-18h.
um dia vais acordar e perceber que aos 40
podes mudar de vida. podes encontrar o amor da tua vida. podes ter filhos,
casa, carro e cão. ou podes não ter nada disso e ser absolutamente feliz com as
tuas escolhas.
aos 50 podes acordar e perceber que queres
ir dar (e vais) a volta ao mundo. que podes, porque ninguém manda no teu
coração, voltar a apaixonar-te perdidamente. que queres ir estudar. que queres viver no campo, ou na Índia, ou em lado nenhum, e que o que te faz feliz é viver
numa pão de forma e conhecer como a palma da tua mão o teu país (e o teu mundo).
um dia vais acordar e perceber que podes
escolher todos os dias para onde vais, quem queres levar contigo, quem deixas
para trás, como calas os teus medos, onde encontras respostas para as tuas dúvidas,
em que ponto deixas te importar com a opinião dos outros.
um dia vais acordar e perceber (e
agradecer) que a vida muda todos os dias. que tu, como a vida, estás sempre a
tempo de mudar o que queres, de mudar o que não queres, de deixar para trás o
que te faz mal, de dizer basta ao que te aperta o coração, de pôr um ponto
final no que não te deixa livre, de fechar a porta ao que te prende ao chão, de
dizer adeus ao que te faz perder tempo.
um dia vais acordar e perceber que
a resposta que procuras está no ''vou ali ser feliz e não sei se volto'' que não dizes.