segunda-feira, 27 de março de 2017

às vezes, o que dá errado é a nossa maior sorte*

sexta-feira. 17h. 220 kms, 14 pessoas e um Retiro de Mindfulness pela frente
o carro carregado até ao tecto. chuva, muita chuva. a serenidade da Joana misturada com a energia de doçura do bebé Sebastião. a minha voz interior a reclamar comigo: preparação! queria ter chegado à Herdade pelas 18h, três horas antes de todos. não deu. fiz mais um coaching do que tinha previsto, não quis dizer ‘’não’’. estava ansiosa. mais focada nas horas que ia ter de atraso, que no bem que me ia fazer desligar do mundo e mergulhar em mim. pensei na PNL (penso sempre na PNL quando me sinto a desviar do foco), insisti no ponto de ancoragem. respirei fundo. bebi água. cantei. falei com a Joana sobre tudo. o bebé Sebastião cansou-se da viagem. chorou até adormecer. perdemo-nos no caminho. perdemos uma hora do tempo que não tínhamos. alguns chegaram antes de nós. e foi o melhor que nos aconteceu. todos ajudaram. chovia torrencialmente. apresentei a Herdade, conduzi cada um ao seu quarto. rapidamente voltaram para a cozinha. trabalhámos todos em conjunto. jantámos a melhor sopa de caril e côco com legumes do mundo. falámos de nós. falei do que trazia comigo para este Retiro. conversámos até muito tarde. demos abraços. sentimo-nos seguros. tudo estava certo. - -