segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

tão isto, que podia ser sobre mim*

‘’Posso desistir de tudo, mas não desisto de mim. 
Desisto do que me faz estar em esforço. Desisto do medo. Desisto da dor. Desisto dos amores falhamos e mal amados. Nunca desisto de mim.  
Desisto do que não gosto. Desisto do que me faz mal. Desisto do que não consigo ser ou fazer. Não sou perfeita. Mas nunca desisto de mim. 
Desisto do difícil. Do amargo e do que me deixa endurecida e segura. Mas nunca desisto do que é verdade para mim, dentro. 
(...) É quando não consigo decidir entre o que é certo ou errado, que não perco tempo em pensamentos filosóficos acerca do que devia ou não fazer. Se não sei, não sei. E desisto. Deixo que a vida me mostre o caminho. Nem sempre forço a decisão. Porque o caminho decide-se caminhando. E não há certos ou errados. Há escolhas. Com as suas consequências. E por isso, que as consequências das nossas escolhas nos tragam coração leve. Não necessariamente porque “fizemos o certo” mas porque essencialmente “demos o nosso melhor”. E o nosso melhor pode ser assumir “não sei”. E não sei tantas vezes… então paro. Desisto. E deixo que a vida me leve. E assim tenho a certeza, que nunca desistirei de mim.’’