Este texto bonito:
Agora sim. Aquela gradação de Dezembro. A espera. O caminho feito de luzes
até ao final de mais um ano. É isso. São as luzes. São mais as luzes. Deve ser
um traço infantil, mas sempre o encantamento, face às luzes que se vão
disseminando como se fossem coordenadas brilhantes. Um mapa interior que brilha
do lado de fora.
Dezembro começa sempre assim. Com luzes. Fazem sentido em todos os
contextos da casa e significam um encantamento renovado a cada dia de Dezembro.
Porque o primeiro gesto, mal cai o dia, é acender as luzes pequenas e isso ser
um percurso silencioso e quotidiano. As luzes lá de fora, à entrada da casa. As
luzes nas estantes com coisas misturadas. As luzes derramadas sobre os livros.
As luzes no verde-natal que fui buscar ao jardim. Não é preciso muito. Só luz.
Tudo o mais surge à luz das luzes. O lume aceso, a mesa para o jantar, vinho
tinto e aquela magia da comida. Os contrastes das texturas e das cores e a
alegria só por isso, enquanto a comida acontece às minhas mãos. | coisas d-amar
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