quinta-feira, 10 de novembro de 2016

tão isto, que podia ser de mim para ti, filho*

«Irene, não é sobre como o mundo está. É sobre como acreditamos que ele pode ser. Não é como o mundo nos olha. É sobre como nós olhamos para o mundo. Não é sobre como as diferenças afastam uns dos outros. É como as diferenças deveriam nos aproximar para a troca. Não é sobre caber em categorias binárias de pensamento. É sobre rasgar do mapa as linhas de fronteira e descobrir que o mundo é nosso - coletivo, grupal, tribal. Não é sobre adivinhar qual vai ser o futuro desse mundo. É sobre conhecer muito bem, profundamente, a nossa ancestralidade e, a partir dela, projetar os dias que virão. Não é sobre o agora. É sobre a jornada. Não é sobre um. É sobre todos. Dá a mão, vem. O seu olhar sobre o mundo me ensina muito. 
Do seu pai,
Pedro.»