abraço-te
todos os dias. de instinto, de amor, de feliz-dia, feliz-vida!, filho. abro o meu peito e o meu colo e guardo-te
dentro. cabes sempre dentro do meu verbo preferido. é num abraço que junto o
meu coração ao teu, enquanto me contas os teus dias, a tua vida povoada de
sonhos, as tuas coisas pequeninas tão grandes, os amigos que crescem contigo,
as contas, os ditongos, as vogais, as corridas, as árvores que sobes, os
arranhões nos joelhos, os pacotes-de-leite-vazios-que-fazes-de-bola-de futebol, a risota, as dúvidas, o menino feliz que és.
e então, abraço-te
todos os dias. nesta escolha que faço todos os dias: a da leveza. como se fosse uma religião. a nossa religião. esta, que de urgente
só tem ‘’a gente’’. no abraço que é o nosso lugar quentinho. a nossa casa em qualquer lugar. sempre. - ❥-
* sempre, filho. sempre.