«da soleira da porta eu olhava-os em silêncio e
recordava o abraço que os envolvera há 8 anos. nessa altura, junto à porta do
quarto deles, eu decidi que queria para mim uma história de amor como aquela.
um amor à séria, daqueles que nos mostram com quem podemos contar nos bons e
maus momentos. daqueles que concretizam as palavras que nos habituamos a ouvir
no cinema – na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, todos os dias da
minha vida. e decidi que queria viver 30 anos com a mesma pessoa e sentir algo
assim, viver algo tão genuíno como o quadro que se desenhava à minha frente. ontem,
tal como há oito anos, da soleira da porta, eu olhava-os em silêncio e
reaprendia o verdadeiro sentido da vida.»
| in, portas basculantes |