Recebo-as
como recebo o verão: de braços abertos e tanta alegria no coração. Abraço-as
como quem lhes promete dar um bocadinho do melhor de si. Escuto-as com os
ouvidos do coração e gravo todas as notas das-vidas-que-se-cruzam-com-a-minha
como quem guarda grandes tesouros [que são].
Na minha
geografia da alma todos os lugares são feitos de pessoas. No meu lado esquerdo
do peito há uma divisão onde todas elas moram. Nas minhas certezas absolutas os
dias felizes não são os que se falam alto, mas os que abraçamos com força,
muito baixinho.