segunda-feira, 29 de agosto de 2016

gosto muito*

do silêncio puro, dos dias compridos, de abraços demorados, de conversas eternas, das janelas todas abertas, da luz da manhã e do entardecer, de fotografias e de paredes cheias de histórias, de um céu muito estrelado no meu Sul, do barulho do mar e da maré vazia, da cor púrpura no céu, de surpresas e de milagres, de optimismo e alegria, da casa cheia de amigos, de estar comigo, das rotinas que apaziguam, de branco e azul, dele muito mais do que ninguém, de saber que ele sabe isso, de mãos fortes, de beijos na testa, de riscos brancos no céu, do cheiro a limão, do cheiro a canela, de alecrim, tomilho e alfazema, de todas as flores, de sol, do cheiro de nívea, de ir mais longe com alguém, de ver pessoas felizes, de descobrir soluções, de ficar em casa, de adormecer no peito de quem amo, de Pedro & Sofia, do Amor- de-A-grande, de rezar, de agradecer, de ter comigo os que mais amo, da protecção das minhas avós, da minha sorte, das minhas bençãos, do amor dos meus amigos, de música e de livros, de boa comida e de cozinhar, de ir, de voltar, de uma cozinha cheia de luz, do número 8, da palavra Mãe, de Mallu e de Maria Gadú, de Caetano e Chico, de uma cama feita de lavado, de estar na praia até ser noite, de um amor infinito de quatro patas, de escrever, de dar, de levar esperança, de acreditar nos outros, de querer o bem, da verdade e da cumplicidade, de lugares sagrados, do Alentejo, de Lagos e de Tavira, de histórias de pessoas, de ser irmã, de amar e ser amada, de crer, de recomeçar, e da minha fé em cada lugar de mim. 
da vida, todos os dias. -