terça-feira, 19 de julho de 2016

tão isto, que podia ser sobre nós*

«O amor é uma equação com variáveis infinitas. Não há uma maneira certa de o escrever. Não há uma maneira certa de o dizer. Não há uma maneira certa de o viver. Mas o amor transforma todos os errados em certos. Todo o amor é abençoado. Todo o amor é benção. Todo o amor está certo. Mesmo que seja escrito em águas incertas e tempestuosas. A seu tempo, a água acalma e devolve a cada grão de areia a verdade das coisas. E isso é tão destino quanto o destino que fez com que duas pessoas chegassem uma à outra, sem saberem que se esperavam. O tal sítio onde esperamos e somos esperados, creio. O sítio inqualificável onde a espera termina e uma coisa sem nome começa. Quando duas pessoas (se) amam, voltarão sempre ao tal lugar onde esperaram e eram esperadas. E não é preciso mapa nenhum para saberem exactamente que lugar é esse, assim que sabem que existe e que é só delas.»