«O amor é uma equação com
variáveis infinitas. Não há uma maneira certa de o escrever. Não há uma maneira
certa de o dizer. Não há uma maneira certa de o viver. Mas o amor transforma
todos os errados em certos. Todo o amor é abençoado. Todo o amor é benção. Todo
o amor está certo. Mesmo que seja escrito em águas incertas e tempestuosas. A
seu tempo, a água acalma e devolve a cada grão de areia a verdade das coisas. E
isso é tão destino quanto o destino que fez com que duas pessoas chegassem uma
à outra, sem saberem que se esperavam. O tal sítio onde esperamos e somos
esperados, creio. O sítio inqualificável onde a espera termina e uma coisa sem
nome começa. Quando duas pessoas (se) amam, voltarão sempre ao tal lugar onde
esperaram e eram esperadas. E não é preciso mapa nenhum para saberem
exactamente que lugar é esse, assim que sabem que existe e que é só delas.»