domingo, 10 de julho de 2016

sobre o dia de hoje*

Chamam-nos pequeninos, filhos de um fado triste, fracos e medrosos. Criticam-nos por tudo e por nada, e até por termos o melhor do mundo. Acham-nos poucochinhos, não merecedores de chegar mais longe, de voar mais alto, de erguer a nossa voz. Fazem desfilar um rol de críticas que, aos mais atentos, só soam a insegurança, a mau perder e, no limite, a mau carácter.
Porque só fala com este desdém quem nunca leu uma linha da nossa história. Só aponta assim o dedo quem desconhece a raça e o sangue de um povo que sempre se bateu pelas suas lutas. Só procura humilhar assim uma nação quem se esquece dos que sempre se ergueram das suas quedas, de uma pátria que tem nas palavras do seu capitão o resumo de um espírito de força, persistência e fé que faz parte de todos nós.
Há muito amor por Portugal. Há muito orgulho em ser português. Há muita força na nossa pátria. E há muito querer no nosso povo.
Não importa tanto se somos os melhores do mundo, mas conta muito termos o espírito do melhor do mundo. Não importa tanto se ganhamos tudo, mas conta muito lutarmos com tudo.
Hoje, como na vida, não tenhamos medo por nos acharem mais pequenos. Não nos acanhemos por nos acharem menos merecedores. Não nos calemos por acharem que não temos voz.
Portugal está lá. Portugal merece. Portugal deu tudo, tentou tudo, lutou tudo.
Podemos até ser 20.000 nas bancadas, mas somos 11 milhões em campo. 11 milhões que acreditam, sempre! 
E aconteça o que acontecer hoje, contra as vozes do desfado nós já vencemos.