quinta-feira, 12 de maio de 2016

no [meu] mundo particular*

Apesar de todos os meus pensamentos essenciais continuarem muito sólidos, há fases em que preciso de usar aquela caneta vermelha que põe as coisas em causa. As coisas contra as quais tenho de lutar, as que me fizeram chorar, aquelas de que fugi, as outras onde regressei, as que me ajudaram a fazer as pazes comigo mesma, as que me fizeram rir de mim mesma e sentir-me tão mais leve, e todas as outras que me fazem questionar velhas verdades, ''coisas'' que tinha dado como adquiridas. É neste caminho que me (re)encontro comigo mesma, nesta verdade absolutamente essencial sobre a pessoa que sou.
Só quando faço reset e me distancio do novelo que a vida (às vezes) me parece, é que percebo que as minhas preocupações, as minhas dúvidas, os meus dramas existenciais não são assim tão gigantes, nem tão enlaçados, e muito menos impossíveis de resolver. 
Precisamos de tempo. De confiar no tempo. E de abraçar a certeza maior que temos (tenho) na vida: o lugar e as pessoas para onde voltamos (volto) no final de cada dia. Todos os dias. 
Porque o resto... #orestopassa