Quando
a vida nos aperta os dias, nós, cá em casa, não fugimos ou resmungamos do
aperto. Aproveitamos o espaço mais
pequeno que temos e ficamos mais perto uns dos outros. Encolhemo-nos no funil que a vida nos trouxe e
esticamo-nos num enorme-abraço-vezes-cinco, multiplicando a força que temos
(juntos).
Não
somos dos queixumes, somos de dar a volta por cima. Não somos de reclamar da
vida, somos de levantar do chão, secar as lágrimas, ir atrás do queremos e
fazer acontecer. Não somos de olhar para a vida do lado, somos de nos centrar
no que se passa dentro de nós.
E
é por isto tudo, vezes tanto mais, que hoje, no meu pequeno almoço na companhia
da luz bonita da minha cozinha, enquanto alinhava ideias sobre o que fui e o
que fiz esta semana, foram-se juntando todos os pontos até se desenhar à minha
frente esta ponte que junta o meu norte e o meu sul:
- é
certo o equilíbrio que a vida faz (entre o que tira e o que dá). É justa a balança
dos dias. É sábia a ampulheta do tempo. E é enorme o poder de regeneração que
temos quando acreditamos para além do que vemos.
Esta
semana o sol voltou e ficou. Literal e metaforicamente.
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