sexta-feira, 20 de maio de 2016

desta semana*

Quando a vida nos aperta os dias, nós, cá em casa, não fugimos ou resmungamos do aperto. Aproveitamos o espaço mais pequeno que temos e ficamos mais perto uns dos outros. Encolhemo-nos no funil que a vida nos trouxe e esticamo-nos num enorme-abraço-vezes-cinco, multiplicando a força que temos (juntos).
Não somos dos queixumes, somos de dar a volta por cima. Não somos de reclamar da vida, somos de levantar do chão, secar as lágrimas, ir atrás do queremos e fazer acontecer. Não somos de olhar para a vida do lado, somos de nos centrar no que se passa dentro de nós.
E é por isto tudo, vezes tanto mais, que hoje, no meu pequeno almoço na companhia da luz bonita da minha cozinha, enquanto alinhava ideias sobre o que fui e o que fiz esta semana, foram-se juntando todos os pontos até se desenhar à minha frente esta ponte que junta o meu norte e o meu sul:
- é certo o equilíbrio que a vida faz (entre o que tira e o que dá). É justa a balança dos dias. É sábia a ampulheta do tempo. E é enorme o poder de regeneração que temos quando acreditamos para além do que vemos.

Esta semana o sol voltou e ficou. Literal e metaforicamente. 

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