a primeira coordenada, a rede de segurança em todas
as fases de trapézio-sem-rede, o ponto preciso onde tudo começa e o ponto
exacto onde tudo termina, a razão certa nos dias sem razão, a certeza doce nos
dias sem certezas, a janela que se descerra todos os dias, de onde se vê o sol e se deixa entrar a luz, as viagens que fazemos sem sair do lugar, o entendimento certo
do silêncio que se faz colo, a mão no ombro que tranquiliza, segura, ampara, os
abraços que foram feitos à medida, o peito que é a morada
constante, as mãos que são o mapa mundo, o sorriso que se abre para nos iluminar, o fio condutor
que demarca a maior constância da nossa vida: «mesmo que nos falte o universo inteiro, nada verdadeiramente nos falta.»