ela era a prova viva de que se cresce muito quando
enfrentamos os nossos medos. ela era a certeza absoluta de que entre erros e
acertos, fins e recomeços, a vida é feita de tantas felizes coincidências. trazia com ela aquele brilho nos olhos das pessoas que acreditam mais
na serendipidade das coisas que fazia acontecer, do que no destino que era escrito pelos outros. vestia em cada dia o seu melhor sorriso, esperançoso e aberto ao recomeço de si mesma. olhava para a sua vida de forma comovida e, com as mãos no coração e os pés (bem
asssentes) no chão, confiava, confiava muito, que todo o-sol-em-forma-de-gente-boa que entrava no seu pequeno mundo,
na sua estrada mais longa, no seu Bem maior, nascia da profunda gratidão que sentia por todas as coisas que recebia.
para uns seria
sorte, para outros muita sorte. para ela... bom, para ela era aquela coisa boa
e bonita da serendipidade, da raison-d'être, da vontade sem tamanho de sorver a vida
toda e de beber tudo o que ela tem para lhe oferecer.
havia na sua vida uma espécie de boa
estrela. aquela que ela colocava no seu céu, todos os dias.
* - vais ser muito bom.
» créditos imagem | philip leclerc