O mais difícil
não foi começar. O mais difícil foi continuar. O mais difícil não foi o início.
O mais difícil foi o meio e [o medo de] descobrir que o fim sou eu que defino. O mais
difícil não foi cumprir o plano. O mais difícil foi mandar na cabeça. O mais difícil
não foi ouvir a opinião dos outros. O mais difícil foi conhecer, ouvir e
aceitar a minha opinião. O mais difícil não foi o tempo que eu dizia não ter. O mais difícil foi ter tempo e fingir
que não tinha. O mais difícil não foi olhar à minha volta e ser confrontada com
a verdade dos outros. O mais difícil foi olhar para dentro de mim e ver a minha verdade. O mais difícil não foi falhar, errar, chorar, querer e não crer,
cair e, sozinha, não conseguir levantar. O mais difícil foi, é, será sempre parar. E respirar. E ver. Reparar em mim. Acreditar mais e abrir espaço para ser o que sou. Gravar na pele e no coração que temos sempre duas opções: ou ganhamos coragem, e vida, e vontade, e destruimos os nossos medos, um por um, ou perdemo-nos de nós e do mundo, e deixamos que os nossos medos nos destruam.
O mais difícil foi mesmo muito difícil. Mas tal como chegou, doeu e cansou, depois melhorou, sarou e, hoje [respiro fundo] já passou.
* - os 24 quilos já foram. o livro está quase a chegar.