Há alturas em que
parece mais fácil, outras é missão impossível. Custa fazer o que tem de ser
feito, o que é certo, e o que, [no fundo nós já sabemos], só nos trará recompensa.
Há alturas em que a
mentalização faz-se com duas ou três conversas connosco, com a nossa voz
interior. Há outras em que estamos meses para conseguir marcar uma reunião com
a nossa pessoa. Só lhe pedimos uma hora, meia hora, 10 minutos. Mas nada
acontece. Não ouve, não vê, não sabe, não quer. Tudo lhe serve de desculpa e
todas as desculpas são boas para praticar o 'deixa-andar'. Tudo é melhor do que decidir, e encolher os ombros, assobiar para o lado e esperar que as «coisas» se resolvam sozinhas passa a ser uma forma de estar.
Há dias em que assumir isto tudo, de nós sobre nós mesmos, é a
coisa mais difícil do mundo.
{respiro fundo}
Depois... depois chega o dia, porque o dia chega sempre, em que a
vida nos exige coragem. Muita. O dia em que a vida nos obriga a mudar já. A verbalizar, no ponto
mais alto de nós, aquilo que queremos dela e aquilo que estamos dispostos a
fazer para o merecer.
Volta a custar. A custar muito. A custar tudo. As feridas voltam a abrir, as dores voltam a doer, as dúvidas voltam a pairar e a persistência é uma palavra que em assuntos de amor-próprio demora a interiorizar.
Mas hoje, precisamente hoje, 14 semanas e muitas
conversas depois, 14 semanas e toda a bagagem que orgulhosamente deixei para trás, só lhe agradeço
por nunca desistir de mim.
No que tira e no que dá, a Vida sabe o que faz. E eu, eu acredito na Vida. - ❥-