2. uma
banda sonora maravilhosa.
3. um
lugar para voltar {sempre}.
4. uma
pessoa para admirar (muito).
5. uma
data a não perder.
Palavras
que podiam ser minhas, soubesse eu escrever assim:
«É difícil parar para
pensar, avaliar o que fizemos, o que nos aconteceu sem termos contribuído para
isso e a forma como fomos lidando com as coisas. É difícil porque exige
avaliarmo-nos. Para mim é difícil chegar ao fim do dia, cozinhar e tirar
conclusões bolas, podia ter
feito melhor nisto ou naquilo. E se eu não tivesse respondido mal ao meu irmão?
E se eu tivesse ajudado aquela senhora com os sacos... É muito mais fácil
chegar a casa, enfiar o amuo no sofá e tapar-me no queixume Tive um dia horrível, Tenho uma
vida de m$%&=, Sou infeliz porque... (fill in the blanks) e por aí adiante. Na maior parte das
vezes preferimos esta posição de sermos agentes passivos da nossa vida porque é
tão mais fácil culpar tudo o resto.
Quando a comida vem para a mesa temos sempre duas opções: ou
comemos ou não comemos. Se decidimos comer ou saboreamos ou passamos o tempo a
encontrar defeitos na comida. Saborear nem sempre significa que a comida está
óptima, muitas vezes significa que temos fome e essa é a única razão para nos
saber bem. Por muito que nos custe a acreditar, saborear a nossa comida é uma
escolha. Saborear a vida também. Se escolhermos dizer mal do
tempero cada vez que nos chega um prato à mesa, nunca vamos estar satisfeitos.
E seremos sempre péssimas companhias de refeição para os outros.
E foi isto que, depois de comer um chocolate inteiro, eu agradeci na
quinta-feira. A capacidade de decidir, todos os dias, saborear a comida mesmo
quando ela está salgada e de saborear a vida mesmo quando ela parece azeda.
Agradecida. » | maria midões |
Agradecida. » | maria midões |
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