sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

coisas bonitas para o fim-de-semana ❥

1. um livro muito bonito.
2. uma banda sonora maravilhosa.
3. um lugar para voltar {sempre}.
4. uma pessoa para admirar (muito).
5. uma data a não perder.

Palavras que podiam ser minhas, soubesse eu escrever assim:

«É difícil parar para pensar, avaliar o que fizemos, o que nos aconteceu sem termos contribuído para isso e a forma como fomos lidando com as coisas. É difícil porque exige avaliarmo-nos. Para mim é difícil chegar ao fim do dia, cozinhar e tirar conclusões bolas, podia ter feito melhor nisto ou naquilo. E se eu não tivesse respondido mal ao meu irmão? E se eu tivesse ajudado aquela senhora com os sacos... É muito mais fácil chegar a casa, enfiar o amuo no sofá e tapar-me no queixume Tive um dia horrível, Tenho uma vida de m$%&=, Sou infeliz porque... (fill in the blanks) e por aí adiante. Na maior parte das vezes preferimos esta posição de sermos agentes passivos da nossa vida porque é tão mais fácil culpar tudo o resto.  
Quando a comida vem para a mesa temos sempre duas opções: ou comemos ou não comemos. Se decidimos comer ou saboreamos ou passamos o tempo a encontrar defeitos na comida. Saborear nem sempre significa que a comida está óptima, muitas vezes significa que temos fome e essa é a única razão para nos saber bem. Por muito que nos custe a acreditar, saborear a nossa comida é uma escolha. Saborear a vida também.  Se escolhermos dizer mal do tempero cada vez que nos chega um prato à mesa, nunca vamos estar satisfeitos. E seremos sempre péssimas companhias de refeição para os outros. 
E foi isto que, depois de comer um chocolate inteiro, eu agradeci na quinta-feira. A capacidade de decidir, todos os dias, saborear a comida mesmo quando ela está salgada e de saborear a vida mesmo quando ela parece azeda. 
Agradecida. » 
| maria midões |

» créditos imagens | blue mountain thyme