Palavras que podiam ser minhas, soubesse eu escrever assim:
«A liberdade suprema é essa, a criação a
suceder-se todos os dias e com eles a oportunidade de seres ainda tudo o que
quiseres.
Debaixo do sol não há problemas. Todas
as urgências são do tamanho do teu despertar, ajustáveis e transitórias como a
vida. Todas são, literalmente, uma questão de tempo, uma questão de espaço.
Quanto tempo e distância até que sejam apenas um devaneio, rumor que alguém
lançou. Debaixo do sol, poucas coisas há que sejam realmente urgentes. Ela a
perguntar o que tinha acontecido e nós já sem sabermos bem a resposta, apesar
de nos ter acontecido a nós. O tempo esclarece tudo e a seu tempo apaga tudo.
Parto e chego para concluir sempre que não há terra onde prender raízes a quem
tem o firmamento por destino.»