sabiam que o lugar onde se iriam (re)encontrar ficava depois da curva, onde mora a outra metade da vida, que tantos anos depois, ainda confiavam no que lhes dizia o coração: não desistas.
conheciam tudo um do outro, mesmo que nunca se
tivessem olhado nos olhos,
adormeciam a pensar que existiam um para o outro, mesmo que
nunca tivessem dado as mãos.
sonhavam que se reconheceriam pelo abraço, porque
era o único que aconchegaria a vida,
e que suspirar por esse abraço era o
bastante para fazer valer a pena a espera.
prometeram que seria uma questão de tempo até
que a vida os juntasse,
e que a cabeça dela no peito dele seria tudo o que
precisavam para serem felizes. felizes a sério.
juraram que por mais dias de ventos, tempestades ou
buracos fundos, nunca o amor desistiria de quem nunca desiste de nós.
» créditos imagem | nirav patel