domingo, 9 de agosto de 2015

num mundo (muito) particular*

Tenho o amor como a minha primeira coordenada. Como a minha rede de segurança em todas as fases de trapézio-sem-rede. O ponto preciso onde tudo começa e o ponto exacto onde tudo termina. A razão certa nos dias sem razão. A certeza doce nos dias sem certezas. A janela que descerro todos os dias, de onde vejo o sol e deixo entrar a luz.
Tenho o amor como o arco-íris nos dias cinzentos, as viagens que faço sem sair do lugar, o entendimento certo do silêncio que se faz colo, a mão no ombro que tranquiliza, segura, ampara. Os abraços que foram feitos à minha medida, o peito que é a minha morada constante, as mãos que são o meu mapa mundo, o sorriso que se abre para me iluminar. 
Tenho o amor como a minha primeira coordenada. E a evidência que sublinha a minha maior constância:
«mesmo que me falte o universo inteiro, nada verdadeiramente me falta.»

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