quinta-feira, 18 de junho de 2015

o resto é mar*

Aquela coisa boa das pessoas certas cruzarem o nosso caminho na altura certa, de fazerem com que tudo fique mais certo em nós e à nossa volta.
Aquela sensação de plenitude pela confiança na lei do retorno que sabemos merecida. De uma paz que sabemos conquistada com muita poda, muita rega e muito sol. De um amor sereno que cuidamos e que nos cuida todos os dias.
Aquele tropeço feliz em alguém que nos obriga a parar e a pensar. E a repensar tantas coisas. Que nos obriga, sem nos apercebermos, a ir ao fundo de nós mesmos sabendo que esse não é um caminho fácil nem linear.
Aqueles momentos de rir por nada e falar de tudo com pressa mas sem urgência. De dar abraços que não se chegam a desfazer o tempo todo em que permanecemos juntos.
Aquela certeza do tempo inteiro, da constância dos gestos, do momento em que tudo se completa e em que consigo juntar o que anda disperso em mim. 
Podia viver só de amor. E da certeza de que tudo tem mais sentido porque simplesmente tu existes.

[* «é tudo o que não sei contar,
são coisas lindas que eu tenho pra te dar (...)
fundamental é mesmo o amor,
é impossível ser feliz sozinho.»] tom jobim

» créditos imagem | rodrigo graça