1. um blog (lindo!) para seguir (via we blog you)
2. uma receita para fazer
3. um filme para ver
4. um livro (tão bom) para ler
5. um concerto a não perder
Palavras que podiam ser minhas, soubesse
eu escrever assim:
«filhos,
felicidade não dá em
lata, caixa, vidrinho, sacola, num pote qualquer. Felicidade se planta com as
mãos: cava-se na areia, coloca-se a semente, cobre-se, rega-se, observa-se até
que os olhos provem: é fruta que nasce em pé; sonhar não funciona, tem que ter
coragem e vontade para ser feliz, levantar e trabalhar. Dá trabalho. Se colhida
antes, o resultado é amargura, como se a gente estivesse verde para ela. Se
deixada para depois, pode cair e nos machucar. Plantemos.
Ou: filhos, quando a gente
chega numa estação de trem, prontinho para embarcar, carrega uma bagagem. Lá
tem tudo que a gente precisa para a viagem. Mas observem: na volta, a bagagem é
outra. Mais pesada? Talvez. Mais leve? Deus tomara. Que as nossas voltas sejam
assim. Carregar menos peso faz bem para a alma e para a coluna – que no fundo
são a mesma coisa, nos mantêm a caminhar, cabeça erguida. Caminhemos.
Ou: filhos, uma estrada
pode servir para nos levar longe. A trazer alguém que amamos para perto. Pode
nos fazer chegar ao desconhecido, nos conduzir ao cheiro inesquecível, nos
guiar por onde os olhos nunca imaginaram passear. Estrada pode servir para a
gente parar. E, quem sabe, mudar de caminho. Mudemos.»
» créditos imagens | rita tojal quintela via tribe land