Há uns anos decidi que só me ia focar nos dias bons. Mantenho a mesma decisão até hoje: esteja ou não tudo bem, eu vou ser feliz. Esteja ou não tudo no lugar
certo, eu vou ver sempre o lado bom do que (e de quem) me acontece na vida. Esteja
ou não mais perto dos meus sonhos, eu sei que um dia chego lá. Porque quero. Porque me esforço. Porque mereço.
Dito assim,
até parece simples manter este compromisso comigo. Dito assim, até parece fácil
persistir nesta busca incessante pelo que me faz bem e decidir ser feliz
«apesar dos apesares». E não é. Não é simples para mim, não é simples para
ninguém. É preciso praticar todos os dias, como uma rotina. Escrever na agenda,
na parede, na pele. Até que de uma forma de estar passe a uma forma de ser. A ser vivido como uma rotina, com a mesma naturalidade com que tomamos o duche
que nos desperta, o pequeno-almoço que nos nutre, o caminho que nos leva onde queremos ir, os
abraços que nos esperam e regeneram no final de cada dia. Passar a não conseguir respirar sem
este compromisso de não nos esquecermos de nós, de mandar calar os ais, os
ses, os mas e os talvez, de afastar as nuvens cinzentas, as pessoas
assim-assim, o menos mal e o vai-se andando. Passar a manter sempre por perto
a alegria do que (e de quem) nos faz bem. Porque é assim, e só assim, que aprendemos a dar sempre
valor às pessoas e às coisas certas que nos acontecem.
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