Diluir,
eliminar, depurar. Limpar o olhar. O nosso olhar sobre os outros, sobre nós, sobre
a vida. Dar sentido a tudo o que nos move. Conhecer a profundidade do que é
essencial. Clarificar os caminhos que rasgamos para ir mais longe. Pôr a vida
em perspectiva. Arrumar melhor as ideias. Dar(nos) tempo, espaço e ar. Praticar
o difícil exercício de aceitar que cada pessoa tem o seu ritmo, que nada deve
nascer forçado e que só da sintonia pura nasce a compreensão, condição máxima nesta
dança de abraços que nos aliviam o peso do mundo.
Atravessar
a vida com a certeza de que só estando mais próximos dos outros conseguimos estar (muito mais) próximos de nós.